Um projeto israelense que oferece dinheiro de graça tem chamado a atenção de pessoas de todo o mundo nos últimos dias. Chamado de Initiative Q, o sistema de pagamento criado por um ex-diretor do PayPall oferece milhares de moedas virtuais – chamadas de Q – a quem se cadastrar e enviar convites para novos membros. Saar Wilf, o responsável pela ideia, garante que não é nenhum tipo de golpe.
“Não é como se estivéssemos oferecendo dinheiro de graça para conseguir algo em troca das pessoas. Não há um plano secreto ou esquema enganoso, é só um modo bem razoável de tentar resolver o problema nos meios de pagamento: você cria uma nova moeda e a distribui para quem ajudar a acelerar a adoção”, detalha à revista Exame.
A nova moeda tem como meta se tornar um meio de pagamento global e é semelhante ao bitcoin mas, ao contrário da moeda, não é descentralizado. O criador defende ainda que o sistema é mais prático e mais seguro do que os meios atuais, considerados por ele como antiquados. A Initiative Q usa um app para smartphones para pagamentos em lojas físicas ou virtuais. A empresa garante que o método é seguro, já que usa sensores do próprio celular para garantir a identidade do comprador.
“Os smartphones incluem sensores de impressão digital, GPS, câmera e microfone que podem reconhecer nossa face e voz, bem como os mais avançados recursos de criptografia. Eles podem ser usados para implementar métodos de autenticação altamente seguros , o que tornaria muito mais difícil roubar nossa identidade”, explica a empresa em seu site.
Outro ponto que pode garantir a segurança é o fato de a rede incluir apenas pessoas confiáveis – pelo menos em teoria – já que cada usuário só pode convidar pessoas que conhece para participarem.
Para garantir a segurança da rede e as reservas de pagamentos, a companhia sugere uma espécie de Banco Central, capaz de manter “a estabilidade e o poder de compra da moeda nos próximos meses e anos”.
Wilf reconhece que a ideia da moeda pode falhar e nunca atingir a meta – de valer US$ 1 – mas ele garante: se isso acontecer, ninguém sai perdendo. “Até hoje, qualquer um que tenha tentado criar uma rede de pagamentos nova — eu incluso, em 1997 — falhou. Tudo porque não foi possível trazer o primeiro comprador, porque não havia vendedores, e nem o primeiro vendedor, porque não havia clientes”, explica. A solução, segundo ele, é garantir a adesão do maior número de pessoas.
Os primeiros, segundo ele, terão mais benefícios. Segundo o criador, a expectativa é de que a moeda circule como uma das principais no mundo em pelo menos 10 anos.
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