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Ex-secretário fecha delação e revela esquema para pagamentos de dívidas de campanha em MT

Valdísio Viriato vai apresentar como ocorria esquema em audiência marcada para 11 de dezembro

09 Nov 2018 às 22:32
Folha Max
Divulgação

O ex-secretário adjunto de Transporte e Pavimentação Urbana de Mato Grosso, Valdísio Juliano Viriato, teve acordo de colaboração premiada homologado pela Justiça. Ele é um dos réus do processo referente a 5ª fase da “Operação Sodoma”, que investiga pagamento de propina por parte do Posto Marmeleiro na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

 

Valdísio é apontado pelo Ministério Público como o responsável por determinar a inserção de “abastecimentos fictícios” em caminhões e máquinas que executavam obras no interior do Estado. Desta forma, o Estado pagava a mais para que os proprietários do posto “retornassem” através de propina.

 

Os valores, segundo a denúncia, teriam sido utilizados para o pagamento de dívidas de campanha do ex-vereador e deputado estadual eleito Ludio Cabral (PT) a prefeitura de Cuiabá. Lúdio, que teve Francisco Faiad como candidato a vice, disputou o pleito de 2012 com apoio de Silval, que a época governava o Estado.

 

Por conta do acordo de colaboração premiada, o ex-secretário adjunto solicitou ao juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues a dispensa das testemunhas arroladas na ação penal. O pedido foi acatado pelo magistrado. “Quanto aos pedidos, homologo desde já desistência da oitiva das testemunhas por ele arroladas, e em consequência, cancelo a audiência designada para o dia 04 de dezembro de 2018 às fls. 13:30 horas”, diz trecho de despacho de Jorge Tadeu.

 

Jorge Tadeu ainda dispensou Viriato de comparecer a audiência de instrução do caso que começa nesta quinta-feira (8). Ele vai estar presente apenas na data de seu depoimento. Ele vai prestar esclarecimentos no dia 11 de dezembro.

 

Viriato já havia confessado participação nas fraudes em depoimento a Delegacia Fazendária. Ele admitiu ter ordenado a inserção de dados fictícios no consumo de combustível na pasta da qual era ajunto. “As inserções nas melosas eram atestadas e controladas pelo servidor da Sinfra, Alaor Alvelos, o qual, com o devido atestado, encaminhava para o secretário da Sinfra, no caso Cinésio [Oliveira], que por sua vez ordenava o pagamento do que havia sido consumido”, diz trecho do depoimento.

 

O ex-adjunto esteve preso entre fevereiro e junho de 2017. Ele é apontado como um dos homens de confiança do ex-governador Silval Barbosa e teria participado de outras fraudes na gestão do ex-governador. Entre elas, está o recolhimento de propina com as empresas que executavam as obras do programa MT Integrado.

 

DEPOIMENTOS DE HOJE

 

As audiências de instrução da 5ª fase da Operação Sodoma começam nesta quinta-feira. Vão prestar esclarecimentos Wilson Luiz Pereira Soares, José Roberto Pacheco, Afonso Gleidson Teixeira, o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, Fabio Rodrigues de Carvalho Alves Costa, Valter Facheti Torres e o empresário Paulo Cesar Lemes, delator da “Operação Ouro de Tolo”.

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