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Sonda da ESA capta 'sinais de aranhas' em Marte

Imagens da sonda ExoMars TGO da ESA revelam formações semelhantes a aranhas de gelo nas regiões polares de Marte

26 Abr 2024 às 07:12
Ciências e Espaço

Imagens intrigantes capturadas pela sonda ExoMars TGO, da Agência Espacial Europeia (ESA), mostrando o que parecem ser aranhas de gelo em Marte. Essas formações, vistas nas regiões polares do planeta vermelho, desencadearam especulações sobre os fenômenos naturais que moldam a superfície marciana.


A explicação da ESA desvenda o mistério, atribuindo a formação de tais “aranhas” à interação das camadas de gelo de dióxido de carbono durante a transição do inverno marciano para a primavera. À medida que a luz solar penetra no gelo, o dióxido de carbono aprisionado sublima, gerando gás que rompe as camadas de gelo, carregando material escuro para a superfície e formando padrões distintivos.

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O espetáculo resultante se assemelha a fontes gigantes, ejetando poeira e areia na atmosfera marciana antes de se acomodarem novamente, deixando para trás manchas escuras que se estendem entre 45 metros e 1 quilômetro de largura. Essa exibição destaca a natureza dinâmica das transições sazonais de Marte.

aranhas marte
Visão em perspectiva da região de marte conhecida como “Cidade Inca”. (Imagem: ESA / Divulgação)

Por que essas formações são associadas com aranhas?

  • A resposta está na pareidolia, um fenômeno cognitivo enraizado na percepção humana.
  • Evolutivamente, a sobrevivência de nossos ancestrais dependia da identificação rápida de ameaças potenciais, como predadores espreitando no ambiente.
  • Essa tendência em discernir padrões reconhecíveis, mesmo em estímulos aleatórios, garantia sua sobrevivência.
  • Os primeiros humanos que confundiam estímulos inofensivos com perigos potenciais erravam pelo lado da cautela, salvaguardando sua sobrevivência.
  • Assim, a inclinação para perceber formas familiares em contextos desconhecidos persiste como um vestígio de nosso passado evolutivo.
  • A Dra. Jess Taubert da Universidade de Queensland corroborou essa perspectiva em entrevista ao IFLScience, enfatizando a predisposição inata do cérebro para discernir padrões como um mecanismo de sobrevivência.

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  • Essa predisposição cognitiva, embora vantajosa para a detecção de ameaças, também predispõe os humanos a interpretar erroneamente estímulos aleatórios, como evidenciado pelos padrões “aranha” em Marte.
  • Fonte: Ana Luiza Figueiredo l Olhar Digital

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