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O aviso de Elon Musk ao governo dos EUA é verdadeiro: China está cada vez mais perto de ter a sua própria nave estelar

Enquanto a SpaceX entra em guerra com a FAA, a China continua desenvolvendo suas múltiplas versões da Starship.

27 Set 2024 às 07:44
Espaço e Tecnologia

A SpaceX está no meio de uma escalada contra a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos pelo atraso na licença de voo da Starship. Um dos argumentos apresentados pela empresa de Elon Musk é a importância estratégica de seu foguete diante do avanço da China no espaço.


O atraso da Starship “ameaça diretamente a posição dos Estados Unidos como líder no espaço”, diz uma longa carta aberta da SpaceX à FAA. A carta menciona a importância de acelerar o desenvolvimento da Starship para atender ao programa Artemis da NASA: o retorno dos Estados Unidos à Lua em meio à corrida espacial contra a China e o prelúdio da conquista de Marte.

A carta não menciona outros interesses estratégicos para os Estados Unidos, mas eles existem. O Pentágono está em negociações com a SpaceX para alugar uma Starship para possíveis missões de transporte militar, aproveitando o fato de que o foguete foi projetado para voar de um ponto a outro da Terra em poucos minutos.

Com uma capacidade de carga útil de mais de 100 toneladas, a Starship também marcará um antes e um depois na implantação de constelações de satélites e será usada tanto para ampliar o serviço Starlink quanto para dimensionar o Starshield, a versão do Starlink para espionagem da inteligência dos EUA.

Nave espacial chinesa

Graças ao investimento público e a uma regulamentação mais frouxa do que nos EUA, a China é o país que está desenvolvendo os foguetes mais reutilizáveis. Alguns são inspirados diretamente no Starship; outros, no Falcon 9 da SpaceX, mas com elementos do Starship, como a fuselagem de aço inoxidável, os motores de metano e os estágios superiores reutilizáveis.

O projeto mais importante é o Long March 9 (CZ-9), um foguete estatal gigante em desenvolvimento na China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC). O projeto é semelhante ao da Starship, com 30 motores em seu primeiro estágio, e está planejado para colocar 100 toneladas em órbita baixa antes do pouso.

No entanto, ainda faltam anos para vê-lo em ação. Seu voo inaugural está programado para 2033, quando será usado para lançar telescópios espaciais, a base lunar chinesa e outras aplicações potenciais, como voos tripulados para Marte. Ele não será o foguete que levará os primeiros astronautas chineses à Lua: essa responsabilidade caberá ao CZ-10.

No setor privado da China, várias empresas estão buscando obter sua própria Starship em breve. A mais próxima é a LandSpace. Seu foguete Zhuque 3 é menor que uma Starship e tem uma capacidade de carga útil mais próxima da do Falcon 9 (20 toneladas), mas também tem dois estágios de aço inoxidável alimentados por metano e oxigênio líquido.

Há alguns dias, a LandSpace da China concluiu o segundo voo de teste de um protótipo Zhuque 3 em escala maior. O foguete atingiu uma altitude de 10 km e reacendeu seus motores para um pouso de precisão, demonstrando técnicas de reacendimento e reutilização semelhantes às da SpaceX.

A Deep Blue Aerospace também realizou um teste semelhante nesta semana com um protótipo de seu foguete Nebula. Tudo correu bem, mas o foguete de teste VTVL (decolagem e aterrissagem vertical) não conseguiu pousar. A Deep Blue Aerospace tentará novamente em novembro.

SpaceX vs. FAA

Em casa, a SpaceX está mais preocupada com a burocracia do que com a concorrência chinesa. Além de adiar o quinto lançamento da Starship para o final de novembro para examinar as alterações propostas pela SpaceX (essencialmente, caçar o booster Super Heavy em tempo real com os braços mecânicos da torre de lançamento), a FAA propôs multar a SpaceX por não conformidade.

Especificamente, propôs uma multa de 633 mil dólares por duas supostas infrações cometidas durante os lançamentos do Falcon 9: não concluir um processo de verificação duas horas antes de um lançamento (T-2 na contagem regressiva) e usar um tanque de combustível não aprovado.

A SpaceX não aceita as falhas e alega que a pesquisa de verificação no T-2 não é obrigatória e que o tanque de combustível não é novo, mas foi transferido para um local mais seguro, longe de áreas públicas. Elon Musk disse que a SpaceX processaria a FAA por excesso de regulamentação.

Musk, que tem feito campanha contra o governo Biden e a corrida presidencial de Kamala Harris para apoiar Donald Trump, está pressionando, através de sua conta no X com 200 milhões de seguidores, para reduzir a burocracia dos lançamentos da Starship. O objetivo, segundo ele, é enviar cinco naves não tripuladas a Marte em dois anos para tentar o primeiro voo tripulado na próxima janela de transferência entre os dois planetas, dois anos depois.

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A China, por sua vez, não está descansando. Ela já desafiou a NASA a lançar uma missão robótica para coletar amostras de Marte em 2028. A NASA tem o rover Perseverance selecionando rochas no planeta vermelho, mas não tem mais um plano para ir procurá-las, por isso pediu ajuda ao setor privado. A SpaceX é uma das candidatas e se ofereceu para procurar as amostras com a Starship.

*Texto adaptado e traduzido do site parceiro Xataka.

Fonte: Ketlyn Ribeiro l IGN Brasil

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