Na busca por maior eficiência produtiva e redução de custos na pecuária leiteira, a substituição do farelo de soja pelo DDGS (Distiller's Dried Grains with Solubles - grãos secos de destilaria com solúveis) vem se destacando como uma solução viável e estratégica.
Estudos recentes conduzidos pelo professor Dr. Marcos Neves Pereira da Universidade Federal de Lavras (UFLA) com vacas holandesas em lactação apontam que o uso do DDGS da Inpasa na formulação de dietas aumenta a produção de sólidos e de leite em substituição isoproteica do farelo e casca de soja.
De acordo com o professor Dr. Marcos Neves Pereira, a substituição isoproteica do farelo de soja pelo DDGS da Inpasa é uma alternativa com grande potencial técnico e econômico. A proteína do DDGS, majoritariamente oriunda de milho, é mais rica nos aminoácidos metionina e leucina do que o farelo de soja. Contudo, o farelo de soja é mais rico que o DDGS em lisina e isoleucina. A mistura dessas duas fontes proteicas é uma estratégia para atender de forma mais adequada à demanda por aminoácidos de vacas leiteiras. Ao substituir o farelo de soja por DDGS também se modifica o perfil dietético de ácidos graxos de cadeia longa (lípides) e de carboidratos fibrosos.
Como o teor de proteína bruta (PB) do farelo de soja é maior que o teor do DDGS, para que esta substituição seja feita de forma isoproteica, alguns concentrados de baixa PB precisam ser removidos da dieta juntamente com o farelo de soja para se incluir a mesma quantidade de PB de DDGS durante a realização dos experimentos.
Duas estratégias de substituição do farelo de soja por DDGS foram avaliadas utilizando a mesma metodologia experimental. Nos dois experimentos foram utilizadas 20 vacas holandesas em lactação em delineamento do tipo quadrado latino 4 × 4.
Todas as dietas foram avaliadas criteriosamente e continham 16,1% de PB. As dietas experimentais estão relatadas na tabela abaixo:
No Exp. 1, a dieta com 5% de DDGS aumentou o consumo de matéria seca (CMS) e a produção de leite. A produção diária de gordura foi maior nas 3 dietas com DDGS do que na dieta sem DDGS. As produções de proteína e caseína foram maiores com 5 e 10% de DDGS. Vacas alimentadas com DDGS em substituição ao farelo de soja e casca de soja produziram em média 1,4 kg/dia mais leite corrigido para energia (LCE) do que as vacas com 0% de DDGS (38,0 vs. 36,6 kg/d).
No Exp. 2, as vacas alimentadas com 10 e 15% de DDGS tiveram maior CMS que as vacas com 5% e 0% de DDGS, sugerindo que a redução no teor de amido da dieta por maior inclusão de DDGS em substituição a milho finamente moído aumentou o CMS. Entretanto, a produção de leite e de LCE não diferiu entre tratamentos. A produção diária de gordura foi maior com 15% do que com 0% de DDGS, as produções diárias de proteína e caseína não diferiram entre tratamentos, como demonstra a tabela abaixo.
Em ambos os experimentos, o teor de N-uréico do leite (NUL) foi mais baixo com 10 e 15% de DDGS do que com 0 e 5% de DDGS, sugerindo que a PB do DDGS da Inpasa foi menos degradável no rúmen do que a PB do farelo de soja, sendo absorvida no intestino, fator que impacta positivamente a saúde do animal e o meio ambiente.
A estratégia alimentar adotada afetou a resposta aos tratamentos, mas em ambos os casos a inclusão de DDGS aumentou a secreção de gordura do leite. Com base nesses dados a substituição de farelo de soja e casca de soja por DDGS, mantendo constante o teor de amido na dieta, foi a estratégia mais recomendada para maximizar a produção de leite e sólidos.
Acompanhe o nosso trabalho também nas redes sociais;
Siga
a nossa página do Colidernews no Facebook.
Acompanhe nossas matérias no Grupo de WhatsApp.
Saiba tudo do nosso site na pagina
oficial do Twitter ‘X’.
Siga o Colidernews também no Instagram.
Faça parte do nosso grupo de notícias no Telegram.
Inpasa Brasil
A Inpasa é uma biorrefinaria de grãos que utiliza milho e sorgo na produção de biocombustíveis, DDGS, óleos vegetais, bioeletricidade e biogás. Fundada em 2006 no Paraguai, a empresa expandiu suas operações para o Brasil em 2018, com unidades em Sinop (MT) – considerada a maior biorrefinaria de grãos do mundo –, Nova Mutum (MT), Dourados (MS), Sidrolândia (MS) e Balsas (MA), além de projetos em Luís Eduardo Magalhães (BA).
Fonte: MilkPoint