A revolução digital provocada pela computação quântica pode estar mais próxima — e mais perigosa — do que se pensava. Um novo estudo do Google acendeu o alerta na comunidade de segurança cibernética: a criptografia RSA, amplamente utilizada para proteger transações bancárias, e-mails e sistemas de autenticação, poderá ser quebrada por computadores quânticos até o fim da década.
O cenário, que parecia distante, ganhou nova urgência após a análise revelar que um computador quântico com menos de 1 milhão de qubits ruidosos seria capaz de quebrar uma chave RSA de 2.048 bits em menos de uma semana. Anteriormente, especialistas estimavam que seriam necessários mais de 20 milhões de qubits para realizar tal feito. Agora, a projeção coloca o ano de 2030 como o marco para essa transição crítica, caso os avanços continuem no ritmo atual.
A criptografia RSA é uma das tecnologias mais utilizadas para proteger dados sensíveis. Seu funcionamento depende da dificuldade matemática de fatorar números extremamente grandes — algo que levaria séculos para um computador tradicional. No entanto, os computadores quânticos operam com uma lógica completamente diferente, baseada em superposição e entrelaçamento quântico, o que os torna extremamente eficientes em tarefas como essa.
O problema não é apenas teórico. O Google apresentou um roteiro técnico detalhado de como esse tipo de ataque quântico pode ser executado, tornando o alerta ainda mais sério. Se uma máquina com essas características for construída, sistemas bancários, serviços de mensagens, assinaturas digitais e infraestrutura crítica estarão vulneráveis.
Atualmente, os supercomputadores quânticos mais avançados ainda estão distantes da capacidade necessária. O IBM Condor possui 1.121 qubits, enquanto o Google Sycamore trabalha com 53 qubits. Ainda assim, a corrida pela supremacia quântica está acelerando, e o risco não pode mais ser ignorado.
Para mitigar o impacto, organizações como o NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA) já publicaram novos padrões de criptografia pós-quântica. A recomendação é clara: as empresas e governos devem migrar para esses novos sistemas antes de 2030.
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A mensagem do Google é direta: a era da computação quântica não é mais uma promessa futurista — é uma realidade iminente, com implicações profundas para a segurança digital no mundo inteiro.
Fonte: Vika Rosa l IGN Brasil