O governo federal lançou, nesta quarta-feira (24), o programa Voa Brasil, que oferecerá passagens por até R$ 200 para aposentados do INSS. Pensionistas não estão inclusos. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), na primeira fase serão ofertadas 3 milhões de passagens – distribuídas ao longo dos próximos 12 meses.
A fase inicial do Voa Brasil é destinada a todos os aposentados do INSS que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses, independente da faixa de renda. Conforme os cálculos do governo, 20 milhões de pessoas cumprem os requisitos para participar do programa. O público deverá ser ampliado nas próximas etapas do programa. Estudantes de baixa renda terão acesso ao benefício na segunda fase.
— O que estamos dando, nesse momento, é um primeiro passo para que a gente possa incluir mais brasileiros viajando pelo Brasil — pontuou o responsável pelo MPor, Silvio Serafim Costa Filho, no evento de lançamento da iniciativa. Segundo o ministro, esse é o primeiro programa de inclusão social na área da aviação brasileira.
Cada beneficiário terá direito a dois bilhetes aéreos por ano. As passagens poderão ser pesquisadas pelo site do programa. O Voa Brasil foi pensado em formato que não depende de subsídio direto do governo, necessitando apenas de acordos com as empresas, que oferecerão as passagens ociosas – aquelas que acabam não sendo vendidas, principalmente em períodos de baixa temporada. Por isso, toda a dinâmica de oferta depende de decisões das próprias companhias.
— As pessoas querem viajar, mas não têm dinheiro o suficiente. Então é um ganha-ganha. Você consegue lotar mais os aviões e, por um preço de R$ 200 mais a tarifa, a pessoa poder viajar. Começou bem, pelos aposentados. É uma população que tem mais tempo e pode viajar em outras estações do ano — afirmou o vice-presidente da república, Geraldo Alckmin.
O pedido do governo é de que as passagens sejam disponibilizadas com a maior antecedência possível. Uma das saídas para a oferta antecipada é a companhia avaliar seu histórico de ociosidade. Por exemplo, se para o mês de agosto, a média histórica de ociosidade é de 10%, a companhia pode ofertar parte disso com vários meses de preparo.
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Conforme os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a média histórica de ociosidade é de 20%. Contudo, essa taxa tem alta variação de acordo com cada rota. Esses sistemas avaliam constantemente a probabilidade de um assento permanecer ocioso com base em dados históricos, tendências de reserva e outros fatores, como sazonalidade.