Colíder - Quarta-Feira, 18 Set 2024
(66) 9.9680-3949
Colíder News
NetFácil Internet O Seu Portal de Notícias
Hora Certa
Banner Whatsapp O Seu Portal de Notícias

TJMT confirma posição do Sintep-MT e considera inconstitucional a política de municipalização

Após quatro anos de denúncias, decreto 723/2020 cai por terra e revela o descaso do governo Mauro Mendes com a educação pública

27 Ago 2024 às 06:22
Roseli Riechelmann l Sintep-MT

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) declarou a inconstitucionalidade do decreto nº 723/2020, que determinou a municipalização das turmas do Ensino Fundamental do estado para os municípios. Após quatro anos de implementação, a decisão anunciada ontem (26/08) pela Justiça, confirma as defesas do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, desde a implementação de mais essa medida arbitrária do governo Mauro Mendes.


A cobrança pela derrubada da política de redimensionamento, que transferiu turmas do 1º ao 5º ano das escolas estaduais para as prefeituras foi uma luta incansável do Sintep-MT. Os apontamentos sindicais feitos via ofícios ao Ministério Público resultaram na ação que apontou a inconstitucionalidade do decreto, e ressoam também contra a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, que aprovou por maioria parlamentar o desmonte da educação, contrariando inclusive as legislações federais.

Ainda, em setembro de 2020, representante da educação no parlamento estadual, o então deputado, e atual dirigente do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, apresentou projeto de decreto legislativo para revogar o decreto nº 723, diante de sua inconstitucionalidade. “A medida já desconsiderava a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação”, destacou.

Segundo a divisão constitucional de responsabilidades na educação, os municípios devem cuidar da educação infantil, enquanto o estado fica responsável pelo Ensino Médio. O Ensino Fundamental, que dura nove anos, deveria ser compartilhado entre os entes, considerando aquele com maior capacidade financeira, que, no caso de Mato Grosso, na maioria das vezes, esse ente é o estado.

Nesses quatro anos de vigência do decreto 723/2020 houve um processo de despejo dos estudantes do estado para os municípios, comprometendo o direito à aprendizagem, a organização das escolas, a ampliação de vagas na educação infantil, e reduzindo os recursos das prefeituras para cumprimento de obrigações com a educação, entre as quais, o pagamento do Piso Salarial aos profissionais da educação. O decreto também acabou por eliminar postos de trabalho nas duas redes, e comprometeu a carreira na educação com a ameaça de exoneração das professoras habilitadas em Pedagogia

Acompanhe o nosso trabalho também nas redes sociais;

Siga a nossa página do Colidernews no Facebook.

Acompanhe nossas matérias no Grupo de WhatsApp.

Saiba tudo do nosso site na pagina oficial do Twitter.

Siga o Colidernews também no Instagram.

Faça parte do nosso grupo de notícias no Telegram.

Junte-se ao Grupo do Colidernews no Signal.       

Para o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, essa vitória chega após muita luta junto ao MPE, na época do promotor José Antônio Borges, quando ofícios enviados pela entidade já apontavam a inconstitucionalidade da medida. “Mesmo que tardiamente, o TJMT sendo obrigado a julgar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), decide a favor da sociedade, após escolas serem fechadas em nome do redimensionamento, promovendo transtornos de toda a ordem para os familiares dos estudantes”, concluiu.

Previsão do Tempo - Colíder

°

Máxima: °
Mínima: °

Publicidades

Direitos Reservados |