O caso Elaine Stelatto pode estar a caminho de uma reviravolta após um laudo pericial, encomendado pela defesa de Cleber Figueiredo Legreca, revelar que a empresária morreu afogada e que as marcas no seu corpo foram causadas por uma corda utilizada como de segurança para entrar na água. O laudo ganhou notoriedade nesta segunda-feira (18). O caso Elaine Stelatto é tratato como um crime de homicídio e Cleber acusado de matar a empresária.
O laudo foi assinado pelo perito Antônio Ramos Corrêia, contratado pelo advogado de Cleber, Eduardo Mahon, para conduzir novos exames. O laudo vem para contestar a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) que apontou indícios de feminicídio no corpo da vítima.
“Pela análise objetiva dos documentos constantes do processo, é possível afirmar com segurança que a mesma [vítima] se enroscou com a corda de tal forma a gerar as escoriações e ferimentos por todo o corpo”, conclui o laudo de Corrêia.
A Denúncia
A denúncia do MP diz que Cleber provocou a morte da empresária por estrangulamento e, posteriormente, simular afogamento.
Como parte da acusação, o MP apontou que não foi encontrada água nos pulmões ou no estômago de Elaine, o que seria incompatível com a tese de afogamento.
No entanto, o próprio Instituto Médico Legal (IML), à época, afirmou em laudo que “pode-se afirmar que a morte de Elaine Stelatto Marques foi causada por asfixia mecânica, podendo ser em decorrência de afogamento ou complicada por afogamento”.
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Ainda segundo o IML, “a ausência de água no estômago não é evidência de ausência de afogamento. Por exemplo, uma vítima viva, mas inconsciente, pode morrer afogada sem ingerir líquido”.
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