De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta ou na próxima semana, será realizada uma reunião entre a Casa Civil e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para viabilizar uma autorização para que a Petrobras faça pesquisas na Margem Equatorial no Amapá. Os estudos na área demorariam, em média, dois anos para serem concluídos.

A Margem Equatorial é uma região que engloba as zonas marítimas da costa do Brasil, Guiana, Suriname e outros países da América do Sul. A área é rica em petróleo e gás natural, o que a deixa na mira de grandes empresas petrolíferas.

“Talvez essa semana ainda vá ter uma reunião da Casa Civil com o Ibama e nós precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa [na Margem Equatorial]. É isso que queremos. Se depois vamos explorar é outra discussão. O que não dá é ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, parecendo que é um órgão contra o governo”, afirmou em entrevista a Rádio Diário FM, de Macapá, nesta quarta-feira (12).

A exploração em questão, que depende do aval do Ibama, autorizaria a perfuração de poços para avaliar a viabilidade econômica da extração de petróleo na Margem Equatorial. O tempo previsto é de dois anos para a avaliação do reservatório.

Em 2023, o governo estimou que seria possível extrair 10 bilhões de barris de petróleo na Foz do Amazonas, área na Margem Equatorial. No entanto, o Ibama negou autorização para atividades petrolíferas na região. Após a rejeição, foi iniciada uma batalha política e ambiental sobre o tema.

Neste ano, segundo apuração do analista Caio Junqueira, da CNN, houve uma ação intensa do Planalto para a concessão da licença de exploração naquela região da Margem Equatorial. A expectativa é resolver a questão o quanto antes, evitando que o tema respingue na COP30, que ocorre em novembro deste ano, em Belém (PA).

O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, afirmou à CNN que as exigências do Ibama, para a exploração na Margem Equatorial, foram atendidas e agora espera-se que a licença seja fornecida em breve.

Nesta quarta-feira, Lula disse que a Petrobras é responsável e experiente para a exploração de petróleo na região, e que a empresa cumpriria “todos os ritos” para evitar danos ambientais.

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“Nós temos que pesquisar, ver se tem petróleo, ver a quantidade de petróleo. Porque, muitas vezes, você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e você não encontra o que imaginava encontrar”, ressaltou o presidente nesta manhã.

Procurado, o Ibama ainda não se manifestou sobre o assunto. O espaço segue aberto.