Em 2023, a Receita Federal do Brasil descobriu que mais de R$ 1 bilhão em transações de criptoativos, como bitcoin, foram realizadas por pessoas físicas que caíram na malha fina do Imposto de Renda (IR). Em contraste, os investidores que declararam corretamente seus ativos digitais somaram uma quantia impressionante de R$ 20,5 bilhões. Esse cenário coloca em evidência a crescente importância de manter as obrigações fiscais em dia, especialmente com relação aos criptoativos.
A Receita Federal tem intensificado suas investigações, utilizando novas ferramentas como Inteligência Artificial e cruzamento de dados entre as exchanges brasileiras. Desde 2019, essas plataformas são obrigadas a reportar as transações de seus clientes, conforme a Instrução Normativa 1888.
Investidores que não declaram corretamente seus criptoativos estão sujeitos a penalidades. As multas podem variar, com valores começando em R$ 100 por mês e podendo chegar até 1,5% sobre o valor da operação no caso de informações omitidas ou incorretas. Portanto, é fundamental que todos os investidores em criptoativos, como bitcoin e outras moedas digitais, sigam os procedimentos corretos de declaração no Imposto de Renda.
Para declarar criptoativos corretamente, o contribuinte deve registrar todas as movimentações de compra, venda ou troca na declaração anual. Além disso, sempre que houver ganho de capital superior a R$ 35 mil em um único mês, é necessário preencher a Declaração de Ganhos de Capital (DGC) mensalmente, utilizando o código de receita 4600.
Qualquer criptoativo adquirido por R$ 5 mil ou mais deve ser informado na ficha de Bens e Direitos. Além disso, caso tenha ocorrido ganho de capital, o imposto deve ser pago, independentemente do valor do investimento.
Para operações realizadas no exterior, acima de R$ 30 mil por mês, o contribuinte precisa declarar essas transações no portal e-CAC da Receita Federal.
Quem deixa de declarar os criptoativos ou omite informações poderá sofrer multas e sanções. As principais penalidades incluem:
Portanto, para evitar essas penalidades, é imprescindível que todos os investidores em criptoativos cumpram com suas obrigações fiscais.
A Receita Federal disponibiliza o Programa de Apuração dos Ganhos de Capital (GCAP), que auxilia no cálculo do imposto devido sobre a venda de criptoativos. Contudo, há outras ferramentas no mercado que também podem ser úteis:
Essas ferramentas ajudam a simplificar o cálculo e garantir que o valor do imposto a pagar seja correto.
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A intensificação da fiscalização sobre transações de criptoativos pela Receita Federal reflete a crescente preocupação com a regulamentação e tributação desses ativos digitais. Declarar corretamente os criptoativos no Imposto de Renda é fundamental para evitar multas e penalidades, além de contribuir para a regularização do mercado financeiro. O uso de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, fortalece o sistema de monitoramento da Receita Federal, tornando a fiscalização mais eficiente. Com as ferramentas e orientações adequadas, os investidores podem cumprir suas obrigações fiscais de maneira tranquila e sem surpresas.