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'Nova' companhia aérea no Brasil? Total Linhas Aéreas pode retomar voos com passageiros após 17 anos

Mas o que isso significa para o mercado aéreo e para os viajantes? Vamos conferir alguns fatos para essa possível mudança.

25 Mar 2025 às 06:10
Mari Kateivas l Melhores Destinos
Reprodução

Nos bastidores da aviação brasileira, uma empresa tem chamado a atenção: a Total Linhas Aéreas, conhecida por atuar no transporte de cargas e fretamentos, parece estar se preparando para retomar as operações regulares de passageiros após 17 anos. Mas o que isso significa para o mercado aéreo e para os viajantes? Vamos conferir alguns fatos para essa possível mudança.


Chegada dos Embraer E195

Um passo importante dessa transição foi a reserva de matrículas para três jatos Embraer E195-E1, anteriormente operados pela Breeze Airways, companhia aérea dos Estados Unidos fundada por David Neeleman (fundador da Azul).

Essa aquisição sinaliza o interesse da Total em modernizar sua frota e, possivelmente, iniciar uma nova fase voltada ao transporte regular de passageiros. Essas aeronaves Embraer devem parar de operar nos Estados Unidos em abril deste ano, quando devem ser oficialmente transferidas para a Total Linhas Aéreas.

Os jatos E195 são conhecidos pela sua eficiência e conforto, sendo utilizados por diversas companhias aéreas de médio porte no Brasil e no mundo, como a Azul e a KLM. Essa escolha indica que a Total pode estar se preparando para operar rotas domésticas com uma frota moderna e compatível com o perfil do mercado brasileiro.

Boeing 737

Além dos Embraer, a empresa também solicitou matrícula para dois Boeing 737-300, modelos tradicionalmente usados para voos comerciais de curta e média distância.

Essa movimentação levanta ainda mais especulações sobre a entrada da Total no mercado de passageiros, já que a empresa atualmente opera apenas Boeing 737-400F no transporte de cargas.

Boeing 737-400F da Total Linhas Aéreas

Vale destacar que o registro de aeronaves na Agência Nacional de Aviação Civil (Ananc) não é uma garantia de operação, mas uma sinalização forte de interesse. Ou seja, a Total está se estruturando para essa possível expansão, e os próximos meses serão decisivos para definir se a empresa realmente entrará no setor de voos comerciais regulares.

Operação com o Exército Brasileiro

Outro ponto importante nessa movimentação da Total, é o contrato firmado com o Exército Brasileiro para 72 voos ao longo de 2025, transportando militares da Brigada de Infantaria Paraquedista entre diversas cidades.

Todos esses voos serão operados com Boeing 737-300, que a empresa começará a incorporar à frota. Esse contrato, no valor de R$ 44,7 milhões, marca a estreia desse modelo na Total, o que pode servir como um primeiro passo para sua futura operação comercial com passageiros regulares.

Pedidos de slots em Congonhas

Total Linhas Aéreas – Foto: Divulgação

Outro indício importante veio com a solicitação de 18 slots (horários de pousos e decolagens) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Congonhas é um dos aeroportos mais concorridos do Brasil, sendo uma peça-chave para qualquer empresa que deseja atuar no mercado doméstico de passageiros. A alocação de slots é um processo burocrático rigoroso, pois a quantidade de horários disponíveis é limitada e disputada entre as companhias aéreas.

Se a Total conseguir a aprovação desses slots, isso poderá indicar que a empresa pretende disputar espaço com grandes players do setor, como Azul, Gol e Latam, oferecendo mais opções para os passageiros.

Mercado aéreo

Se a Total Linhas Aéreas de fato avançar para operações regulares de passageiros, o impacto pode ser significativo. No Brasil, a aviação comercial tem se recuperado após os desafios da pandemia, e novas companhias disputando espaço podem trazer benefícios diretos aos consumidores, como mais opções de voos e, possivelmente, preços mais competitivos.

A entrada de uma nova operadora no mercado também pode aumentar a conectividade entre cidades menores e grandes centros, já que muitas das rotas hoje são concentradas entre poucos aeroportos. O uso do Embraer E195 sugere que a Total pode explorar esse nicho, já que a aeronave é ideal para rotas regionais.

Além disso, o plano inicial da empresa de operar com ATR pode indicar uma estratégia híbrida, combinando voos regionais menores com operações maiores em grandes aeroportos.

Inclusive, vale relembrar que a Total Linhas Aéreas oferecia voos regulares de passageiros até 2008. E, em dezembro de 2023, a empresa realizou um evento de lançamento da nova etapa da empresa, sobre a possibilidade de operar voos regulares com passageiros pelo Brasil.

Total Linhas Aéreas

Embora ainda não haja uma confirmação oficial sobre o início das operações regulares de passageiros, todos esses movimentos indicam que a Total está, no mínimo, estudando essa possibilidade de forma séria.

Nos próximos meses, as decisões sobre a entrada efetiva no mercado, as rotas escolhidas e a concorrência com as empresas já consolidadas definirão os rumos da companhia.

Se confirmado, esse novo passo pode ser uma excelente notícia para passageiros e para o setor aéreo como um todo, trazendo mais concorrência e opções para quem viaja pelo Brasil.

Contexto e trajetória

A Total Linhas Aéreas tinha voos regulares de passageiros até 2008, quando a empresa mineira teve sua operação de passageiros comprada pela paulista TRIP Linhas Aéreas, que, depois, foi absorvida pela Azul Linhas Aéreas. Desde essa época, nos últimos anos, a empresa manteve suas atividades focadas no transporte de carga e fretamento.

Na última década, alguns movimentos da empresa indicavam o ensaio dessa retomada, mas nada foi relevante o suficiente. Até que em dezembro de 2023 a empresa anunciou publicamente sua intenção de retomar voos comerciais regulares, com planos iniciais de operar em rotas nacionais, incluindo o estado do Acre.

Já em setembro de 2024, durante a Abav Expo, o CEO Paulo Almada revelou que a companhia negociava a compra de aeronaves COMAC C919, da China, e planejava operar rotas regionais com ATR.

Essa estratégia indicava que a Total poderia atuar tanto de forma independente quanto em parceria com grandes companhias, como Gol e Azul, para conectar cidades menores aos grandes centros.

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Agora, com novas aquisições de aeronaves de maior porte e a solicitação de slots em Congonhas, a Total parece estar ampliando seus planos para além do foco regional. Resta aguardar os próximos capítulos dessa movimentação nos bastidores da aviação!

Este post tem informações dos sites especializados em aviação AeroinAviacion Online e Airway. O Melhores Destinos também entrou em contato com a Total, mas não teve retorno até o momento.

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