Durante as diligências da Operação Desterro, realizadas nesta quarta-feira (9), a Polícia Civil de Mato Grosso constatou que um dos alvos da investigação pagava mensalmente para que outra pessoa utilizasse sua tornozeleira eletrônica. O objetivo era despistar o monitoramento judicial. O verdadeiro investigado segue foragido.
A operação, conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apura o desaparecimento de cinco trabalhadores maranhenses que chegaram a Várzea Grande para trabalhar e não são vistos desde o dia 9 de janeiro. Durante a ação desta quarta, duas pessoas foram presas em flagrante: uma por porte ilegal de arma de fogo e outra por fraude processual.
“Uma das prisões em flagrante foi em decorrência de uma fraude processual, tendo em vista que um dos nossos alvos fazia uso de tornozeleira eletrônica, mas o objeto estava afixado em outra pessoa que recebia um valor mensal para se passar por ele”, explicou o delegado Rogério Gomes, da DHPP.
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil está analisando o material apreendido, incluindo celulares, para identificar os responsáveis pelo desaparecimento e possível morte das vítimas.
“Nós iremos analisar todo esse material aprendido, inclusive os celulares, para que possamos estabelecer a autoria e identificar os verdadeiros responsáveis por esse crime bárbaro que aconteceu em Várzea Grande”, completou.
Os trabalhadores desaparecidos são:
Diego de Sales Santos, 22 anos
Wallison da Silva Mendes, 21 anos
Wermison dos Santos Silva, 21 anos
Mefibozete Pereira da Solidade, 25 anos
Walyson da Silva Mendes, 25 anos
Dois corpos já foram localizados e identificados como Diego e Mefibozete.
Durante a apuração, a polícia descobriu que membros de uma facção criminosa acreditavam que as vítimas pertenciam a uma organização rival atuante no Nordeste. No entanto, não há indícios de que os trabalhadores tinham ligação com o crime organizado.
Segundo relatos, os jovens chegaram a Mato Grosso no dia 9 de janeiro, recrutados por uma empresa por meio de uma agência de trabalho. Foram levados para um alojamento e, no dia seguinte, quando a gerência tentou buscá-los para o exame admissional, eles não foram mais encontrados. Desde então, estão desaparecidos. Um dos telefones usados por eles não recebe ligações nem mensagens por aplicativos.
Acompanhe o nosso trabalho também nas redes sociais;
Siga
a nossa página do Colidernews no Facebook.
Acompanhe nossas matérias no Grupo de WhatsApp.
Saiba tudo do nosso site na pagina
oficial do Twitter ‘X’.
Siga o Colidernews também no Instagram.
Faça parte do nosso grupo de notícias no Telegram.
As investigações seguem sob sigilo e novas fases da operação não estão descartadas