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'Olha, papai, bois': a curiosa história de como uma menina de 8 anos descobriu acidentalmente as pinturas da Caverna de Altamira

Os primeiros habitantes da Caverna de Altamira viveram há 36 mil anos.

25 Jul 2024 às 05:48
Ciências
Reprodução

Atualmente fechada ao público por motivos óbvios, mas visitável por meio de uma recriação feita milimetricamente, batizada de Neocueva, a Caverna de Altamira preserva em seu interior uma impressionante coleção de pinturas paleolíticas, a mais antiga com mais de 30.000 anos de história. E, como muitas outras grandes descobertas, ela foi encontrada por acaso.


Embora a descoberta da Caverna de Altamira sempre tenha sido envolta em controvérsias, o Ministério da Cultura da Espanha a atribui a Modesto Cubillas em 1868. A história conta que Cubillas estava caçando quando seu cachorro caiu em algumas pedras enquanto perseguia uma presa. Quando ele foi ajudá-lo, encontrou as cavernas, que não lhe pareceram muito interessantes porque 1) eram comuns na região e 2) estavam cobertas de vegetação.

Cubillas contou a seus vizinhos o que havia visto, mas não passou disso. Foi somente em 1875 que Marcelino Sanz de Sautuola, naturalista espanhol, pré-historiador e tataravô de Ana Botín (Presidente do Conselho de Administração do Banco Santander), visitou a caverna pela primeira vez e não encontrou nada que chamasse sua atenção, além de algumas linhas pretas às quais ele não deu importância.

A reviravolta inesperada

Anos mais tarde, em 1879, Marcelino participou da Exposição Universal de Paris, onde viu objetos pré-históricos, como eles eram e como identificá-los. Munido de novos conhecimentos, ele decidiu voltar à caverna com a pequena María San de Sautuola y Galante, sua filha, que tinha apenas oito anos de idade.

Enquanto o pai procurava por restos mortais na entrada da caverna, a pequena Maria, motivada pela curiosidade inata de uma criança de sua idade, decidiu ir em frente e entrar na caverna. Quando chegou ao fundo, Maria gritou: “Olha, papai, bois”, apontando para o teto. Não eram bois, e sim bisões.

Marcelino identificou a espécie retratada como sendo o bisão, então considerado extinto na Europa, mas não encontrou ossos do animal na caverna. Devido à natureza incomum da caverna, cujas pinturas realistas se estendiam por todo o teto, tornando-a uma das maiores e mais importantes descobertas da época, surgiram todos os tipos de debates. Desde a negação da descoberta até acusações de que havia sido o próprio Marcelino quem havia pintado as figuras. Os anos, no entanto, provariam que ele estava certo.

Um patrimônio que precisa ser preservado

Em 1910 o Conselho Municipal de Santillana del Mar criou um Conselho para a Conservação e Defesa da Caverna que, em 1917, permitiu visitas guiadas. Em 1924, ela foi declarada Monumento Nacional. O número de pessoas que entram na caverna aumentou cada vez mais, sendo que as décadas de 60 e 70 foram as mais perigosas. Somente em 1973, mais de 174 mil pessoas entraram na caverna. O fluxo de pessoas foi tão grande que, após um estudo e um debate que chegou ao Congresso dos Deputados, a caverna foi fechada em 1977.

Altamira fechou suas portas até 1982, quando foi reaberta com uma capacidade limitada de 8.500 pessoas por ano. O interesse do público levou à ideia de criar uma réplica visitável, algo que aconteceu em 2001 com a Neo-cave localizada no recém-inaugurado Museu Nacional e Centro de Pesquisas de Altamira. Em 2002, a caverna foi novamente fechada ao público para estudos de impacto. Ela foi reaberta em fevereiro de 2014 e permaneceu aberta até agosto do mesmo ano, permitindo cinco pessoas por dia durante 37 minutos para estudar o impacto de possíveis visitas.

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Atualmente, a caverna de Altamira tem um regime de acesso controlado e muito limitado para visitas públicas. Esse regime de acesso, aprovado pelo Conselho de Curadores do Museu, estabelece um máximo de cinco pessoas por semana, 260 pessoas por ano. Há uma lista de espera, fechada desde 2002, que foi reativada em 2020, cujos membros poderão visitar a caverna original quando chegar a sua vez.

Fonte: Ketlyn Ribeiro l IGN Brasil

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