A jornada para a criação de um novo carro nacional ganhou um novo capítulo. A empresa brasileira Lecar iniciou a pré-venda do modelo 459, anteriormente concebido como elétrico, mas que agora será híbrido e fabricado no Espírito Santo, não mais no Rio Grande do Sul.
A iniciativa de Flávio Figueiredo de Assis, o CEO da montadora, ainda enfrenta desafios. Ele passou cerca de dois anos como o único investidor oficial do projeto, mas sua confiança na demanda e na capacidade de ajustar a produção mantém o otimismo sobre o sucesso do empreendimento.
A Lecar foi fundada em 2022 e pode promover uma grande revolução na indústria nacional. Até hoje, apenas dois empresários brasileiros, Eduardo Souza Ramos (com a Mitsubishi) e Caoa, conseguiram inaugurar fábricas de automóveis em grande escala, tornando a missão de Assis ainda mais audaciosa.
O investimento necessário para a construção da fábrica da Lecar está estimado em R$ 870 milhões. Desse total, R$ 240 milhões serão destinados à construção e R$ 630 milhões à automação da linha de montagem.
O empresário planeja usar 25% de seu capital próprio e os outros 75% devem ser arrecadados com futuros investidores. Com o objetivo de assegurar recursos, a Lecar consultou diversas instituições financeiras, incluindo o BNDES e a Sudene, mas não há registros de pleitos formais.
Nos últimos meses, a empresa parece ter fechado acordos com grandes companhias como WEG, ArcelorMittal e Hepu Power para a produção do Lecar 459.
Segundo o empresário, as fornecedoras ainda não têm contratos firmados, embora já sejam citadas no site. Contudo, ele garante que as propostas de fornecimento já foram aceitas.
Clientes interessados no modelo 459 podem garantir sua vaga por meio de uma pré-reserva, mediante pagamento de um sinal no valor de R$ 1.300. No entanto, a empresa ainda não publicou um termo de condições para a devolução do valor caso o cliente desista.
Assis afirma que, se houver mudanças tecnológicas, será possível reaver o investimento. Caso contrário, o montante não será devolvido, mesmo que a construção da fábrica esteja planejada para começar em breve.
“Se a pessoa, por motivo justo, como a alteração da tecnologia, decidir que não quer mais o carro, nós iremos devolver o dinheiro. Porém, se ela simplesmente não quiser mais, aí não tem jeito. Ainda não temos um termo de condições publicado sobre isso; ele ainda está em produção”, informou ao Valor Econômico.
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A nova previsão de entrega do veículo elétrico, que seria produzido até dezembro deste ano, é para o final de 2026. Até lá, a empresa pretende estar com a fábrica em plena operação.