A Netflix vai começar a transmitir canais de TV ao vivo diretamente dentro no seu aplicativo. A novidade faz parte de uma parceria inédita com o grupo francês TF1 e estreia no verão europeu de 2026 (inverno no Brasil), disponível apenas para assinantes na França e sem custo adicional.
É a primeira vez que a Netflix incorpora a programação linear de uma emissora tradicional em sua plataforma, adotando um modelo que se assemelha ao de serviços como o Globoplay no Brasil.
A partir do ano que vem, os assinantes da Netflix no país europeu poderão assistir à programação ao vivo dos canais da TF1 — incluindo grandes eventos esportivos, novelas, dramas e realities como The Voice — sem sair do streaming.
Além da transmissão linear, o catálogo sob demanda da TF1+, plataforma de streaming própria do grupo de mídia, também será integrado à Netflix. Segundo a empresa, as produções do TF1 complementarão títulos já populares entre os franceses, como Lupin, Roud 6 e Stranger Things.
Embora as duas empresas já tenham colaborado em coproduções anteriormente, é a primeira vez que elas firmam um acordo de distribuição que unirá TV aberta e o streaming no mesmo ecossistema.
O acordo pode ser visto como uma resposta direta às mudanças no consumo de mídia. Há poucos dias, a consultoria Nielsen divulgou que o streaming superou, pela primeira vez, a audiência combinada da TV aberta e a cabo, nos Estados Unidos.
Na França, a TF1 é líder de audiência, representando uma fatia de 24%. Ao integrar o conteúdo à sua plataforma, a Netflix passa a atuar como um “hub”, unindo suas séries e filmes sob demanda à TV ao vivo.
“Ao nos unirmos à principal emissora da França, daremos aos consumidores ainda mais motivos para vir à Netflix todos os dias — e para ficarem conosco para todo o seu entretenimento”, declarou Greg Peters, co-CEO da empresa.
Já Rodolphe Belmer, CEO do TF1 Group, afirma que a parceria permitirá ao canal “alcançar públicos inigualáveis” em um cenário de fragmentação da audiência.
Por enquanto, não há previsão de que a Netflix vai adotar iniciativas semelhantes em outros países, incluindo o Brasil.
A parceria pode funcionar como um teste para um novo modelo de distribuição de conteúdo na plataforma. Para emissoras tradicionais, integrar seus canais a maior plataforma de streaming do mundo pode ser uma oportunidade de manter a relevância diante da queda na audiência da TV.
A própria Netflix já havia testado um formato semelhante em 2020, também na França, com um recurso chamado Direct, que oferecia uma programação contínua de títulos do catálogo.
Acompanhe o nosso trabalho também nas redes sociais;
Siga
a nossa página do Colidernews no Facebook.
Acompanhe nossas matérias no Grupo de WhatsApp.
Saiba tudo do nosso site na pagina
oficial do Twitter ‘X’.
Siga o Colidernews também no Instagram.
Faça parte do nosso grupo de notícias no Telegram.
No Brasil, o modelo parece funcionar para o Grupo Globo, controlador do Globoplay. O streaming frequentemente aparece entre os líderes no segmento em terras tupiniquins.
Com informações da Netflix e do The Verge
Fonte: Felipe Faustino l Tecno Blog