Há mais de 30 anos, o Brasil alcançava um marco histórico no setor espacial com o lançamento do Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1), o primeiro totalmente desenvolvido no país. Desde seu envio ao espaço em 9 de fevereiro de 1993, o equipamento segue ativo e tornou-se o satélite mais antigo ainda em funcionamento no mundo.
O SCD-1 foi lançado da base norte-americana do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, a bordo de um avião B52 da NASA. Posicionado a 750 quilômetros da Terra, o satélite tinha uma missão inicial de apenas 12 meses. No entanto, sua operação ultrapassou todas as expectativas e se estende até hoje, superando inclusive o satélite japonês Geotail, que teve suas atividades encerradas em 2022.
De acordo com o pesquisador Adenilson Roberto da Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), um dos segredos da longevidade do SCD-1 está em seu projeto simples e eficiente. Ao invés de depender de sistemas complexos de estabilização, o satélite utiliza um mecanismo de rotação para manter o equilíbrio em órbita, dispensando softwares avançados e computadores de bordo.
Essa combinação entre design robusto e componentes de qualidade garantiu sua resistência ao longo dos anos, permitindo que o satélite siga operando com confiabilidade, mesmo diante das limitações tecnológicas da época.
Além de seu valor simbólico, o SCD-1 cumpre uma função essencial na coleta de dados ambientais. As informações enviadas pelo satélite abrangem variáveis como volume de chuvas, umidade, ventos e níveis de rios, que alimentam sistemas de previsão do tempo e abastecem setores estratégicos como universidades, centros de pesquisa, empresas e hidrelétricas.
O sucesso do SCD-1 abriu caminho para o lançamento do SCD-2, em 1998, consolidando o programa espacial brasileiro. Ambos integram a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), criada em 1979 com o objetivo de desenvolver tecnologia nacional e fortalecer a atuação científica do Brasil no espaço.
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Três décadas após seu lançamento, o SCD-1 permanece como um símbolo de inovação e autonomia tecnológica. Seu legado inspira novas gerações e reafirma a importância da pesquisa espacial para o futuro do país.
Fonte: Raony Salvador l Revista Forúm