Um estudo inovador, conduzido por uma equipe da Universidade da Pensilvânia, apresentou uma nova esperança no tratamento do Diabetes tipo 1. Publicada no New England Journal of Medicine, a pesquisa revelou uma terapia celular que pode dispensar a necessidade de injeções diárias de insulina. Este avanço promete transformar a vida de mais de oito milhões de indivíduos em todo o mundo, oferecendo o que muitos chamam de cura funcional para esta condição.
A terapia, denominada zimislecel, é um “transplante microscópico” único que utiliza células pancreáticas criadas em laboratório, as quais são indistinguíveis das ilhotas de Langerhans naturais do corpo. Uma vez administradas, essas células funcionam como as naturais, detectando a glicose e produzindo insulina, efetivamente regulando os hormônios no organismo.
Desde 1922, a insulina de origem animal vem sendo utilizada no tratamento do Diabetes tipo 1, uma doença autoimune em que o sistema imunológico destrói as células produtoras de insulina. Apesar dos avanços, como monitores contínuos de glicose, a dependência de insulina injetável não está livre de desafios, podendo resultar em desequilíbrios glicêmicos perigosos.
Em 2023, uma terapia utilizando células de doadores falecidos foi aprovada pela FDA, mas apresentou limitações devido à necessidade de múltiplas infusões. Em resposta, a farmacêutica Vertex desenvolveu ilhotas pancreáticas em laboratório, a partir de células-tronco humanas, capazes de produzir insulina naturalmente no fígado dos pacientes.
Embora a nova terapia represente uma grande promessa, ela também enfrenta desafios significativos. Durante o estudo da Vertex, dois pacientes faleceram por razões não relacionadas ao tratamento, e vários efeitos colaterais, como náuseas e infecções, foram observados devido ao uso de medicamentos imunossupressores. Estes medicamentos são essenciais para evitar que o corpo rejeite as células transplantadas.
Segundo a dra. Andressa Heimbecher, garantir que as células funcionem adequadamente no pâncreas com mínimos efeitos adversos é um desafio contínuo. Além disso, a terapia ainda está em fase de ampliação para incluir 50 pacientes, com a aprovação regulatória prevista para 2026.
A terapia celular para o Diabetes tipo 1 avança, com expectativas de ser segura e replicável em larga escala dentro de uma década. A possibilidade de controlar o Diabetes sem insulina sintética representa um marco para a medicina regenerativa e uma nova esperança para muitos pacientes. Com a evolução contínua das pesquisas, o controle da insulina pelo próprio pâncreas pode se tornar uma realidade cotidiana, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
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Fonte: C.B. Radar